Gaeco cumpriu mandados de prisão e de busca e apreensão nesta quinta-feira (12), em cidades do Paraná e de outros estados.
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) cumpriu, nesta quinta-feira (12), cinco mandados de prisão preventiva e outros 10 de busca e apreensão contra uma quadrilha suspeita de aplicar golpes em seguradoras e em donos de veículos.
Quatro pessoas foram presas em Telêmaco Borba, na região dos Campos Gerais do Paraná, e encaminhadas para a Delegacia da Polícia Civil na cidade. O quinto alvo da ação foi preso em Curitiba.
A operação foi batizada de Hoax. De acordo com o Ministério Público do Paraná (MP-PR), as ordens judiciais foram cumpridas em cidades do Paraná e de outros estados.
As investigações mostram que os prejuízos chegaram a R$ 2 milhões. As prisões e as buscas e apreensões foram determinadas pela Vara Criminal de Telêmaco Borba, que também recebeu denúncia contra 29 réus de fatos ligados à operação.
Entre os presos estão despachantes, corretores de seguros e pessoas que se passavam por segurados. Essas pessoas devem responder pelos crimes de formação de organização criminosa, estelionato, falsidade ideológica e fraude no recebimento de seguros.
O que dizem as investigações
De acordo com o Ministério Público (MP), o grupo é suspeito de praticar modalidades diversas de estelionato – como fraude para recebimento de seguro, alienação de coisa fraudulenta e disposição de coisa alheia como própria ou utilizando documentos públicos falsificados.
Segundo as investigações, os suspeitos – que conheciam as atividades de despachante e de corretagem de seguros – informavam à polícia e às seguradoras o furto ou o roubo de veículos. Em alguns casos, o furto era falso e os veículos ficavam escondidos; em outros, eram recuperados.
Depois disso, uma pessoa, em nome do proprietário, informava à polícia a recuperação do veículo, sem comunicar à seguradora. Assim, mantinha a posse dos veículos ou, então, repassava-os a terceiros.
Foram investigados fatos ocorridos entre fevereiro e agosto de 2016. Porém, de acordo com o MP-PR, há a suspeita de que os crimes continuaram sendo praticados.
Além das prisões preventivas contra os supostos líderes da organização, foram aplicadas pelo Juízo aos demais integrantes do grupo medidas alternativas, como o comparecimento mensal, proibição de contato com testemunha e proibição de sair da cidade.
Fonte: G1 PR, Ponta Grossa / Imagem: (Foto: MP-PR/Divulgação)