Unidos podemos mais. Esse é o slogan de algumas corretoras de seguros que querem ter uma produção maior acompanhada de uma rentabilidade mais robusta. A constatação é de que elas se unem em grupos ou empresas ter mais “força” junto às seguradoras na negociação de custo/benefício melhor para elas e para seus clientes.

 

O Corretor José César Caiafa Junior, da Flex Corretora, de São Paulo, explica que a parceria tem sido a prática mais usual. Caiafa lembra que houve uma época em que havia uma expectativa grande no mercado sobre a possibilidade de haver cooperativas de Corretores de Seguros. “Não deu certo porque havia bitributação. A cooperativa se registrava na seguradora, ao receber, pagava imposto; ao repassar o pagamento aos Corretores, esse ganho era tributado de novo. Esse modelo não vingou”, diz.

 

Ele diz que outra possibilidade de união entre os Corretores é a criação informal de um grupo de corretoras. Corretores de uma região se unem, elegem uma corretora para ser representante junto à seguradora. “Esse modelo acaba sendo mais interessante porque juntos esses corretores apresentam uma produção maior às seguradoras. Essas corretoras continuam trabalhando de forma independente”.

 

Por outro lado, diz Caiafa pode ser que aconteça uma sinergia de corretoras que são fortes em ramos diferentes. “Nesse caso pode conseguir melhorar carteiras e alavancar produtos que não sejam tão rentáveis, por exemplo”.

 

Um outro formato são as S/A. você cria uma S/A para fazer produção compartilhada. Esse modelo de gestão tem dado mais resultado, segundo Caiafa. Existem corretoras hoje bastante envolvidas em processos dessa natureza porque é possível criar uma produção nova em cima de uma carteira que não estava sendo explorada.

 

E para o segurado, o que muda? Caiafa explica que com o tempo a S/A acaba assumindo funções que eram do Corretor como cobrança e tratativas de sinistro. “uma das virtudes dessa empresa é que o Corretor fica liberado pra vender mais, e não cuida tanto dos problemas do dia a dia”, destaca.

 

Fonte: CQCS | Sueli dos Santos

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