Segundo Lucas Vergilio, haverá uma ação coordenada envolvendo, a princípio, a Fenacor e os Sincors representados no Congrecor para levar as denúncias dos corretores de seus respectivos estados para as autoridades competentes, como Polícia Federal, Ministério Público, Receita Federal, Procon e os governadores. “Declaramos guerra ao mercado marginal. Vocês, corretores de seguros, são os soldados. Façam as denúncias contra quem age contra o mercado regulado e legalizado”, conclamou o parlamentar.
Ele acrescentou ainda que não está sendo defendida apenas a integridade do corretor de seguros, “o que já valeria essas ações”, mas também o patrimônio da população com menor poder aquisitivo, “que são as principais vítimas dessas associações”.
Por sua vez, o presidente da Fenacor, Armando Vergilio, alertou para o crescimento “estrondoso” das associações e cooperativas de proteção veicular e para o risco que esse movimento traz para a sociedade e para o mercado legal. “Eles começaram com proteção para caminhões e táxis. Mas, hoje, estão agindo no mercado como um todo. Não pagam impostos nem obedecem aos mesmos regulamentos que nós, corretores de seguros, temos de obedecer”, frisou.
Armando Vergilio observou também que espera contar com a união de toda a categoria nessa cruzada contra o mercado marginal. “Levem as denúncias ao seu sindicato que a Fenacor estará fazendo o seu papel contra a atuação ilegal das associações de proteção veicular”, assegurou.
SEGURADORES
Já o presidente da CNseg, Márcio Coriolano, disse que os seguradores estão juntos com os corretores nessa ação. “Estamos juntos aos outros agentes do setor de seguros na defesa por um mercado legalizado e regulamentado. No Congresso, as seguradoras apoiaram o projeto 3139 e também a PLP 519”, lembrou Coriolano.
Ele revelou ainda que a CNseg ingressou com “dezenas de ações civis públicas” junto à Susep contra associações que atuam irregularmente.
Sobre as perspectivas do mercado de seguros, o presidente CNseg apontou como grande desafio a ser superado a má distribuição de renda no país. “Pesquisas indicam que 85% da população ganham até cinco salários mínimos, ou seja, é uma população com poder de consumo restrito. Precisamos incorporar esse público ao mercado de seguros”, destacou.
ENS – Por fim, o presidente da Escola Nacional de Seguros (ENS), Robert Bittar, comentou que o setor de seguros “vive um momento diferente” que traz novas oportunidades. “A tecnologia está incorporada em praticamente todas as atividades do nosso cotidiano e nossa missão como instituição de ensino é proporcionar a melhor formação para os corretores de seguros manterem-se competitivos e relevantes”, asseverou Robert Bittar.
Ele aproveitou a ocasião para saudar o fato de a ENS ter recebido, mais uma vez, a nota máxima de avaliação do Ministério da Educação. “Essa avaliação coroa uma jornada que começou em 1971, cujo saldo é a formação de 90 mil corretores de seguros ao longo destes anos”, disse Bittar.
O presidente da escola assegurou, contudo, que não há “acomodação” e anunciou que a ENS está, inclusive, estudando novas formas de se inserir no mercado, “desenvolvendo seu papel de escola de negócios e gestão”.
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