Há mais de 10 anos, o mercado de seguro apresentava características diferentes das encontradas nos dias de hoje. Quem trabalha há muito tempo no ramo relata o que mudou e o que continua igual. Há 32 anos no mercado, José Roberto Fortes, proprietário da Maruaga Corretora de Seguros, explica que a concorrência era diferente.

 

“Era mais trabalhoso antigamente. Hoje a tecnologia ajuda muito mais. Quando eu comecei qualquer companhia de seguro tinha o preço exatamente igual porque existia uma tarifa que a Susep impunha, então qualquer seguradora que você fosse era igual. Não existia competição por preço, hoje a competição é por preço. E naquela época era tudo feito no braço, então para fazer um seguro de automóvel levava meio dia”.

 

José Roberto Fortes também destaca as mudanças na produtividade do corretor e no perfil do segurado.

 

“Para se destacar o Corretor tinha que ter timbre comercial, ser aquele vendedor mesmo, conhecer gente. Era quase a mesma coisa que hoje, só que era mais devagar. Hoje ele consegue vender mil apólices no mês, e antes só conseguia cem. Hoje o segurado também é mais informado devido à tecnologia e às propagandas. Antes não, ele confiava em você cegamente e fazia o que a gente dizia”.

 

Manoel Joaquim Ferreira Dias, proprietário da Tauara Seguros, trabalha com seguro há 52 anos e afirma que o mercado cresceu muito.

 

“Até 1964, o Brasil era o último na classificação de seguro na América do Sul. Hoje nos somos o primeiro. O mercado cresceu e as seguradoras também”.

 

Na avaliação de Olavo Gomes Gomes, dono da OGG Norte Corretora de Seguros, os clientes não mudaram tanto e o mercado continua promissor para quem deseja entrar no ramo.

 

“As exigências dos clientes são praticamente as mesmas do que há 10 anos, eles querem um bom atendimento, querem explicações completas dos planos de seguros. Para se manter no mercado, o profissional precisa se dedicar bastante. E para quem deseja entrar, digo que é um bom negócio porque a rentabilidade é boa, desde que você preste um bom serviço e tenha apoio das seguradoras”.

 

Fonte: CQCS

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