Tornar o “segurês” algo compreensivo para o consumidor é uma tarefa que exige conhecimento. “Se o conhecimento for limitado, o corretor ter não saberá agir corretamente, tanto na contratação como num eventual sinistro, o que pode deixar o consumidor insatisfeito”, diz o consultor Gilberto Tadiello, que além de dar aulas na Funenseg, presta assistência técnica e jurídica a corretores e segurados que não receberam a indenização .
Tadiello atua há 12 anos como mediador de conflitos e de auxílio a Corretores. Sua experiência mostra que muitas vezes a falta de conhecimento adequado foi determinante para gerar o conflito. “De um lado seguradoras que literalmente “inventam” conceitos, regras, leis e fazem o que bem entendem. Do outro, um profissional que se deixa enganar por falta de reciclagem, estudo e informações corretas”, diz.
Cursos específicos, mais direcionados à área de seguros, são importantes porque os produtos mudam periodicamente. E se o Corretor não estiver atualizado sobre as novas versões, poderá cometer erros gravíssimos e até ter de responder em juízo.
Outro bom motivo para o Corretor voltar ao ambiente escolar é que a sociedade moderna traz novos riscos aos consumidores. “O Corretor, conhecendo o que as seguradoras lançam, pode oferecer coberturas adequadas a cada perfil de cliente, respeitando o ciclo de vida de cada um”, afirma Tadiello. Nesse sentido, ele sugere que as seguradoras esclareçam quais são os público alvos dos produtos, facilitando assim a abordagem mais apropriada para a venda.
A falta de conhecimento traz perdas. Já o conhecimento técnico, mas passado ao cliente de forma simples, gera negócios. “Os erros cometidos por um mau profissional geram perdas para todos que atuam no mercado de seguros”, conclui.
Mas e a constância? Quantos cursos o Corretor deve fazer por ano? O professor da Escola Nacional de Seguros diz que no mínimo, duas vezes por ano. É claro que a frequência dos cursos não pode prejudicar o trabalho. “O Corretor deve ser honesto consigo mesmo, deixar a preguiça de lado e tomar consciência da necessidade de melhorar cada vez mais sua carreira. Temos um mercado gigantesco a explorar e eu diria atéa reconstruir”, finaliza.
Fonte: CQCS/Sueli dos Santos