O advogado Walter Polido esteve em Salvador debatendo de uma relação delicada: o papel do corretor com clientes mais atentos. O Código de Defesa do Consumidor (CDC) instituído em 1990 criou um novo paradigma no mercado.

O consumidor de hoje é mais atento e melhor informado, mais ciente de seus direitos. Na Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor do Estado de São Paulo (Procon-SP) chegam algumas reclamações relativas ao mercado segurador.

Renata Reis, supervisora da área de assuntos financeiros do Procon-SP, diz que em 2014 a entidade fez 57 atendimento relacionados a seguros.

Desse total, os principais problemas foram não pagamento de indenização, cobrança indevida e pendências de contrato (não cumprimento/alteração/transferência/irregularidade etc.).

Walter Polido afirmou que cada vez mais o corretor está presente na sociedade e o perfil do consumidor mudou. “Hoje ele está mais consciente dos seus direitos e interesses de segurado; por isso o corretor tem que ser cada vez mais profissionalizado e atento a essa nova demanda do consumidor que está mais atendo nos seus riscos e deseja conhecer melhor o produto antes de contratá-lo”, alertou o advogado.

O mercado de seguros tem uma linguagem própria que, muitas vezes, é de difícil entendimento para o cliente. Aí também entra a figura do corretor que pode ajudar a desmistificar a linguagem. “O seguro é o instrumento financeiro mais adequado e razoável para atender os anseios de proteção e tranquilidade de cada cidadão”, destacou Polido em sua apresentação.

Ele lembrou que a Política Nacional das Relações de Consumo tem por objetivo atender às necessidades dos consumidores, o respeito à sua dignidade, saúde e segurança e que a transparência das relações é um direito fundamental do consumidor.

Fonte: CQCS/ Sueli dos Santos

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