A plateia do CQCS Insurtech & Inovação acompanhou, atenta, ao debate sobre o tema “Perfil ou Persona”, do qual participaram a diretora Executiva Bradesco Seguros, Regina Simões, o vice-presidente de Operações da SulAmérica Seguros, Marco Antonio Antunes; e o Head Seguros da Neurotech, Daniel Gusso.

Primeira a falar, Regina Simões destacou o fato de, com todas as mudanças provocadas pelas tecnologias, algo permanecer intacto: as relações das pessoas. “Todo mundo está acostumado com o velho perfil do seguro (onde a pessoa mora, se tem filhos, etc…). Mas, isso está passando por uma transformação. Precisamos olhar para o comportamento do cliente, analisar os seus hábitos e interesses, ver como se relaciona com as pessoas e o que ele de fato valoriza”, salientou.

Na visão dele, somente a partir dessa avaliação será possível responder a questões mais importantes, uma vez que cada pessoa está em um momento de vida diferente e enxerga as coisas de modo distinto.

Nesse contexto, Regina Simões observou que é preciso questionar se uma pessoa sem filhos precisa contratar um seguro de vida ou se é mais adequado um seguro para casos de invalidez. “Uma pessoa que trabalha na rua está exposto a riscos diferentes daquela que trabalha sempre no escritório. Há vários grupos de pessoas. Grupos diferentes, onde um representa pessoas que se arriscam mais, outro que representa pessoas mais conservadas. Analisando o perfil real do cliente, o perfil comportamental e não apenas o geográfico, podemos melhorar a precificação e combater a fraude”, enfatizou.

Marco Antunes também destacou a importância de se saber quem são os clientes e o que querem. “Quando falamos de tecnologia, devemos lembrar que o que transforma as organizações, são as pessoas. As pessoas hoje colaboram entre si através da tecnologia e têm voz. A tecnologia é o meio, mas são as pessoas que transformam e criam as relações”, frisou o executivo.

Ele comentou ainda o fato de muitas invenções tecnológicas alcançarem milhares de pessoas em pouco tempo, mas entrarem em desuso em pouco tempo também. Na visão de Antunes, o importante é a experiência que o serviço proporciona. “cerca de 68% dos clientes trocariam de fornecedor por uma experiência melhor e 82% dos consumidores consideram o atendimento importante. Será que realmente praticamos a fidelização do cliente? Temos que saber o que realmente faz sentido para o cliente. A tecnologia está aí para oferecer ao cliente o melhor serviço através de uma forma mais rápida”, alertou.

Por sua vez, Daniel Gusson afirmou que a tecnologia virou uma commodity e que isso ajudou o mercado de seguros, pois a interação mudou e os dados podem individualizar o público alvo. “O cliente espera um atendimento individualizado. A nossa missão (da Neurotech) é conectar dados com inteligência por um futuro mais previsível. Então, conheça o perfil do seu cliente por uma nova perspectiva”, acrescentou.

 

Fonte: CQCS        /           Imagem: CQCS – Regina Simões e Gabriel Heusi
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