A participação do setor no PIB, que era de 1% em 1990, já corresponde a 6% da geração total de riquezas do país

O mercado de seguros gerais, saúde suplementar, previdência complementar e de capitalização pretende, nos próximos 20 anos, dobrar as reservas técnicas dos atuais R$ 500 bilhões para R$ 1 trilhão. A participação do setor no PIB, que era de 1% em 1990, já corresponde a 6% da geração total de riquezas do país. “O mercado de seguros tem importância vital como formador de poupança de longo prazo”, afirma Marco Antonio Rossi, presidente da Confederação Nacional de Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNseg).

Para esse salto, a ascensão social de 50 milhões de brasileiros (formando uma nova classe média) estimulou a diversificação de novos produtos de seguros massificados, o que abre uma nova etapa de desafios ao setor segurador. Do patamar de R$ 3 bilhões em 1995 aos R$ 500 bilhões estimados para 2015, foi um período de consolidação de um modelo mais concorrencial, graças a uma série de regras de regulação com enfoque na maior liberdade de ações do mercado, que ganhou confiança, credibilidade e transparência.

O desafio do setor agora, adianta o dirigente, é contribuir para difundir a cultura da educação de finanças familiar, como maneira de planejar um futuro com melhor qualidade de vida. Para isso, a capacitação profissional dos corretores de seguros desponta como primordial. São eles os responsáveis por oferecer produtos com perfis mais adequados ao novo padrão de exigências que emergiu com o imenso contingente que teve acesso à renda e ao consumo.

A preocupação com as relações cada vez mais complexas com o consumidor, mas sem controvérsias ou conflitos legais, se manifesta na programação do primeiro exame nacional do mercado segurador no país. Será em 21 de novembro, em São Paulo, em parceria com a Escola Nacional de Seguros. “Trata-se de um marco. Em torno de 1,6 mil profissionais estão inscritos”, disse Rossi.

A qualificação é pré-condição para o maior grau de sustentabilidade do setor, às voltas com um cenário bastante promissor, apesar das incertezas na área política. Um dos fatores do otimismo são os projetos previstos para a área de infraestrutura no país a médio prazo, que dinamizará o mercado segurador com a atração de companhias estrangeiras, cujo interesse tem feito o ramo de seguro de responsabilidade civil deslanchar.

Fonte: Correio Braziliense

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