O tão esperado seguro popular finalmente começou a se tornar realidade. A partir do dia de 19 de dezembro, os moradores da região metropolitana de São Paulo serão os primeiros a poder contratar a nova modalidade, que oferece preços mais acessíveis. A Azul Seguros entrou no filão com o Seguro Auto Popular. Parte do grupo Porto Seguro, a empresa vai trabalhar com foco em veículos usados com mais de cinco anos que atualmente não são segurados. Segundo dados da Confederação Nacional de Seguros Gerais (CNseg), estes representam 70% dos veículos no Brasil.
O serviço atende apenas veículos que tenham preço abaixo de R$ 60 mil e o valor da apólice é até 30% mais barato que a tradicional. A principal razão diz respeito à lei no 12.977, de 20 maio de 2014, que regulamentou os desmontes de carros no Brasil e abriu caminho para o mercado de peças recicladas.
De acordo com Gilmar Pires, superintendente de negócios da Azul Seguros, o custo do seguro é composto por 40% para roubos e furtos, 30% para perda total ou parcial e 30% para o reparo de danos. Nessa equação, as peças provenientes dos desmanches representam uma economia em torno de 7% para o cliente. A cobertura oferece apenas o básico, reduzindo benefícios extras como cláusulas de vidro, higienização, quilometragem livre e carro extra. “É um serviço mais enxuto”, explica Gilmar.
Além das peças de reúso, a apólice também prevê possibilidade de utilizar peças chamadas de similares – ou não originais. A intenção é evitar a falta de itens para reparo, já que se trata de um mercado novo. Gilmar Pires afirma que todas as peças são aprovadas pelo Detran, certificadas e rastreáveis. Ainda assim, itens para cinto de segurança, sistema de freios, suspensão e outros ligados à proteção precisam ser originais.
Para a Sulamérica Seguros, a possibilidade de utilizar itens de reúso ou similares em seus serviços ainda está em estudo, mas a empresa afirma ter interesse, o mesmo declarado pela Bradesco Seguros. Hoje, a Sulamérica dispõe de uma modalidade compacta que pode ser de 15% a 20% mais em conta, enquanto a Bradesco oferece, para quem for correntista do banco, um serviço completo e mais barato. Já o grupo segurador Banco do Brasil e Mapfre planeja lançar um produto popular em 2017, com estimativa de preço até 30% menor.
Fonte: Revista Auto Esporte