Fonte: Globo
O aumento da violência teve efeito direto no ramo das seguradoras. Em 12 meses até agosto, o seguro saltou 14,5% na média do Brasil, pelos números do IPCA; no Rio a alta chegou a 65,24%. O preço piorou e deixou o produto menos atrativo. Com a piora nos indicadores de roubos, as companhias têm buscado na tecnologia uma maneira de segurar o preço das apólices. A intenção é reduzir o número de acidentes. Uma das medidas estudadas entre as empresas e as montadoras é a instalação de uma espécie de caixa preta nos veículos, capaz de analisar a forma de conduzir do motorista e, com base nisso, determinar descontos.
— O valor da apólice subiu e isso é ruim para a indústria. As seguradoras não ganham com o aumento no preço, mas sim no crescimento da base de clientes. A segurança pública não tem permitido reduções, então buscamos conseguir isso com ferramentas de monitoramento — conta João Francisco Borges da Costa presidente da FenSeg, a federação das seguradoras. Outra tecnologia analisada é uma forma de restringir o uso do celular pelo condutor. Pesquisas indicam que dirigir e olhar a tela é até mais perigoso que misturar bebida e direção. A Anfavea, que reúne as montadoras, vai participar da discussão no Conseguro, o congresso do setor, na semana que vem.