Fonte: CQCS | Ivan Netto
Dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep) apontam que as indenizações pagas pelas seguradoras por ocorrências nos ramos em que Máquinas e Equipamentos da área de construção estão seguradas aumentou 162% e passou de R$ R$ 142,2 milhões no primeiro trimestre de 2016 para R$ 374,8 milhões no mesmo período de 2017. A situação afeta principalmente os ramos de pavimentação, terraplanagem e construção civil.
“As ocorrências de roubo e furto representam 25% das indenizações realizadas em todo o ano de 2016, quando as ocorrências tiveram um aumento de 10%. Desse total, 11% foram por conta de roubo e 14% em decorrência de furtos”, ressalta o Diretor de Transportes, Sinistros e Planejamento Estratégico da Sompo Seguros, Adailton Dias.
Além disso, há várias situações, que incluem desde o desaparecimento do equipamento pela ausência de segurança no local, até golpes como a locação de equipamentos por empresas fantasmas.
Nesse caso, os golpes mais comuns envolvem contratos falsos com e-mails fakes, em que quadrilhas locam equipamentos, na maioria das vezes, se passando por grandes empresas. Os equipamentos mais visados são os da linha amarela (retroescavadeiras, escavadeiras hidráulicas, pás carregadeiras e mini carregadeira, por exemplo).
“Como os equipamentos não têm placas de identificação igual a de veículos, é comum as quadrilhas aplicarem o golpe em uma determinada região e transportar o equipamento para outro Estado para ser vendido com nota fria”, acrescenta Dias.
O executivo da Sompo Seguros apontou alguns cuidados básico que, se adotados por proprietários da obra ou dos equipamentos, podem contribuir significativamente para evitar roubos e furtos de equipamentos em canteiros de obras:
Identificação – Fazer contratos e pesquisas sobre nome do contratante, visitar o contratante e a região da obra, levantar o RGI do terreno de execução da obra e somente após todos os levantamentos e pesquisas, proceder com o envio do equipamento;
Localização do canteiro – É necessário cuidado extra quando a obra é feita em ruas com pouco movimento ou iluminação;
Iluminação – Independente da iluminação da rua, o canteiro deve ser bem iluminado para que o vigia possa ter ampla visibilidade do local;
Dispositivos – Instalar dispositivos como travas elétricas, bloqueadores de pneus e travas para tampas de combustível dificulta a ação de quadrilhas;
Sem energia – Para veículos de grande porte, como retroescavadeiras e pás-carregadeiras, também é recomendado retirar a bateria dos motores;
Localização – Instalar rastreadores também é uma medida que aumenta as chances de localizar o equipamento se ocorrer o roubo ou furto;
Portaria – Estabelecer regras de controle rigoroso de entrada e saída da obra;
Segurança – Instalação de câmeras, sensores e cercas elétricas são uma boa alternativa para prevenir roubos;
Especialistas – Contratar empresas de vigilância patrimonial idôneas, que disponibilizam profissionais treinados e serviços de segurança eletrônica, pode ser uma boa opção para reforçar a proteção do local.