As lideranças dos corretores de seguros terão um importante encontro nesta quinta-feira, em São Paulo, antes da abertura do XVII CONEC para discutir ações em defesa da categoria diante da decisão de Susep de decretar a liquidação extrajudicial da Nobre Seguradora, que vinha enfrentando sérios problemas há vários meses. A princípio, a recomendação é para que todos os profissionais que tinham produção nessa seguradora entrem em contato com os seus clientes e informem que as apólices estão sem efeito. “É preciso adotar essa providência imediatamente, para que o corretor não seja alvo de procedimentos administrativos ou ações judiciais”, recomenda o presidente do Sincor-DF e vice-presidente da Fenacor, Dorival Alves de Sousa.
Ele adverte ainda que a situação é “muito delicada para o corretor” uma vez que, dependendo do juiz que julgar uma eventual ação, o profissional pode ter problemas sérios.
Dorival Alves de Sousa aconselha também que o corretor, após fazer essa comunicação, tente encontrar outras seguradoras para negociar a colocação dos riscos dos seus clientes que eram segurados da Nobre.
A mesma recomendação é feita pelo presidente do Sincor-SC, Auri Bertelli, que se diz muito preocupado com os possíveis desdobramentos desse processo de liquidação da Nobre. “Isso vai deixar muita gente na mão, tanto segurados quanto corretores de seguros. E é possível até que alguns clientes optem por entrar com ação judicial contra corretores”, observa.
Ele revela que o Sincor-SC está aberto para orientar todos os corretores catarinenses que têm negócios com a Nobre e estão em dúvida sobre como agir neste momento. “o ideal é que, neste primeiro momento, o corretor procure outra seguradora que opere nos mesmos ramos para negociar a transferência do risco. Fomos pegos de surpresa, mas é preciso administrar isso”, salienta Bertelli.
Já o presidente do Sincor-BA e ouvidor da Fenacor, Wanderson Gomes do Nascimento, adianta que, no encontro de São Paulo serão discutidas medidas como procurar uma seguradora parceira e buscar uma solução prazo curto para não deixar nenhum segurado descoberto. “É uma situação um tanto inesperada. Mas, vamos buscar solução o mais rápido possível”, assegura .
Fonte: CQCS