A Ideia de que seguro ainda é um “mal necessário” começa a mudar por meio da maturidade do brasileiro. Consciência e importância dos serviços à população contribuem para novo cenário no País.
Você já ouviu como resposta de um amigo ou parente, perguntados sobre ter uma proteção assegurada, a palavra “Deus”. Apelar para o divino chega a ser comum entre as pessoas, mas uma “proteçãozinha” adicional sempre é bem-vinda. Vide o caso de quem algum dia precisou da apólice para repor perdas ocasionadas por um sinistro.
“As pessoas devem enxergar o seguro não como um gasto, mas como uma proteção ao patrimônio. Sem menos esperar, o bem pode ser tragado por um incêndio ou perdido em um roubo”, exemplifica Jozivan Leal, sócio da Planos Corretora de Seguros.
Para Leonardo Pereira, diretor comercial do Grupo Bradesco Seguros, o mercado brasileiro está mais maduro. “Evoluiu e continua a avançar, pois a cultura do seguro está mais presente na sociedade. O País tem maior consciência da importância do serviço, de contar com o suporte financeiro de um plano de previdência privada, de vida, de saúde e dental”, avalia. Segundo ele, os ramos continuarão a ter um número expressivo de adesões.
Na esteira das novas apólices, o residencial deve deslanchar no futuro. “Vem apresentando impulso nos últimos anos, justamente porque o brasileiro passou a ter a percepção da importância de contar com esse tipo de proteção no seu dia a dia. Ou seja: “é melhor prevenir do que remediar”, pois o custo de reparação, quando ocorre um sinistro, é elevado e representa um imprevisto que compromete planos futuros, sobretudo, o planejamento financeiro das famílias”, acrescenta.
PLANO COMPLETO
– SERVIÇO AJUDOU NO CONSERTO DA MÁQUINA DE LAVAR
Chegar em casa da rotina do trabalho não desonera as pessoas das obrigações do lar. E um dos “deveres” mais comuns é lavar roupa. A assistente comercial Catarina Vaz, ao chegar à residência, deparou-se com a máquina de lavar roupas com defeito. “Parou totalmente e não voltou a funcionar”, lembra. Em vez de acionar a assistência técnica do aparelho, ligou para o seguro residencial que possui, que oferece, entre outros benefícios, serviço de manutenção de eletrodomésticos. “Minha máquina foi consertada em 24 horas”, afirma.
Catarina explica que sua apólice tem outros serviços. “Dispõe de proteção para panes elétricas, mas também proteção para animal de estimação”, adianta. Em menos de cinco meses de contratação, ela usou também para o conserto de uma bicicleta. “Liguei para o seguro e me mandaram um técnico. Não tenho o que me queixar da proteção”, destaca.
CARRO PROTEGIDO
– UMA COLISÃO QUE CUSTOU R$ 150 MIL
A importância do seguro para proteção do bem levou a empresária Elaine Alves a adquirir uma apólice. Anos pagando pelo serviço, ela chegou a se questionar em mantê-lo. “Sempre possuí seguro para o meu carro. Na época do pagamento, ficava com receio e me questionava por pagar uma proteção tão cara e nunca ter precisado”, afirma. “Pagava para evitar um eventual roubo, mas nada relacionado a uma colisão”, disse.
O “problema” que a empresária menos esperava acabou correndo. Ela se envolveu em uma colisão com outros dois carros. O prejuízo foi avaliado em R$ 150 mil. “Meu carro deu perda total. Os outros tiveram de fazer reparos”, lembra. Graças à apólice, recebeu o valor aproximado do automóvel destruído. “Qualquer batida é uma dor de cabeça para o motorista. Os valores geralmente são altos. Ter um seguro é uma forma de se precaver de um prejuízo ainda maior”, afirma.
RESIDÊNCIA
– PEÇA TROCADA SEM A NECESSIDADE DE CHAMAR UM TÉCNICO
A aposentada Maria Zilnar de Matos possui dois tipos de seguro: um para viagem e outro para a residência. “Quando viajo para o exterior, aciono meu seguro de vida”, afirma. O de uso residencial se deu pela necessidade de ter uma um imóvel subutilizado. A cuba de mármore da pia desprendeu-se. “Como meu apartamento é grande e há áreas que não utilizo, vi a peça quebrada no chão”, explica.
Após procurar a peça ideal para o equipamento, ela precisava de alguém para fazer a instalação. Acionou o seguro residencial. “O profissional chegou em minha residência e instalou a cuba. Não teve nenhuma demora durante a abertura da solicitação. Foi um serviço de qualidade e muito rápido”, lembra. Outra vez teve de acionar o seguro por conta de um disjuntor. “Quando acionei a seguradora, não demorou para chegarem. Fico tranquila por causa da qualidade do serviço. O preço também é muito bom. O orçamento saiu mais barato caso eu tivesse chamado um técnico”, avalia.
Ela explica que a maior garantia é a segurança. “Não é todo mundo que entra na minha casa. Não tenho coragem de chamar qualquer pessoa para fazer reparos”, afirma. Para isso, há o repasse de um código da central seguradora para o usuário e profissional que irá atender o cliente na residência. A senha para evitar fraudes ou roubos. “Quando o rapaz toca a campainha, eu pergunto qual o código que ele tem. Se não for igual ao meu, nem abro a porta”, enfatiza a aposentada.
DICAS
1 – PESQUISE
Primeira regra para quem vai contratar um seguro, mas que não é obedecida. Não adianta fechar com uma empresa que você acredita ter oferecido o melhor preço. Veja as opções disponíveis em várias seguradoras e qual o tipo de cobertura oferecido.
2 – PROCURE SEGURADORAS CONFIÁVEIS
Às vezes, o barato pode sair caro. Observe a procedência da companhia no mercado. Se possível, converse com pessoas que já contrataram seguros da empresa.
3 – COMPARE AS COBERTURAS
Não leve em conta o preço mais baixo na hora de optar pela melhor cotação de seguro, pois é importante também ver qual o custo x benefício. Vale considerar quem oferece não só um bom preço, mas também uma boa cobertura.
4 – VEJA DO QUE REALMENTE PRECISA
Isso pode deixar sua cotação mais barata. Por exemplo: se possui dois carros, pode não precisar de um carro reserva, uma vez que, se algo acontecer, terá como resolver o problema até que o veículo fique pronto.
5 – TIRE SUAS DÚVIDAS COM O CORRETOR
Depois de receber as cotações e tipos de coberturas oferecidos, questione o corretor. Tire as dúvidas existentes para que não haja nenhum problema futuramente e entenda o que está contratando.
6 – LEIA ATENTAMENTE O CONTRATO
Antes de assinar, leia atentamente o contrato para que entenda sua apólice de seguro e o que realmente vai cobrir. Se ainda restar dúvidas, não hesite em perguntar ou alterar algo.
7 – NÃO DEIXE PARA A ÚLTIMA HORA
Nos casos de renovação do seguro para automóveis, nunca deixe o seguro acabar para então contratar um novo. Faça a cotação antecipadamente para que não fique sem esta proteção.
8 – NÃO ESQUEÇA DO BÔNUS
Se for fazer a renovação, não se esqueça de usar os bônus e aproveitar para contratar um seguro mais barato.
Fonte: O Povo