Lideranças elencaram os pontos essenciais para uma agenda do setor.

“Conflitos e Soluções – Uma nova agenda para o mercado de seguros” foi tema de um painel do17º Congresso dos Corretores de Seguros de São Paulo (Conec), promovido pelo Sincor-SP, entre dias 6 e 8 de outubro, no Palácio Convenções Anhembi, na capital. Na mediação do painel, o presidente do Sincor-SP, Alexandre Camillo, propôs uma alteração no tema, retirando do título a palavra “nova”.

Camillo explicou que o mercado de seguros experimentou crescimento espetacular nos últimos 15 anos, com índices semelhantes ao da economia chinesa, mas não soube aproveitar todas as oportunidades do período de bonança. “Colhemos frutos, mas também deixamos muitos para trás porque não tínhamos uma agenda do mercado em que pudéssemos mensurar nosso crescimento e avaliar se foi satisfatório”, disse.

O presidente da CNseg, Marcio Coriolano, concordou com Camillo e propôs a criação de uma agenda mínima, incluindo alguns requisitos, como a estabilidade e previsibilidade regulatória; políticas governamentais; avaliação do impacto regulatório das normas e ampliação dos canais de acesso aos corretores. “Somos a mesma face da moeda. É impossível pensar em seguro sem pensar em distribuição”, disse.

Paulo dos Santos, presidente do Ibracor, entidade autorreguladora dos corretores, concordou com Camillo, afirmando que não se trata de uma agenda nova, mas de uma agenda em construção. Segundo ele, a autorregulação da corretagem demonstra que o setor de seguros amadureceu e está preparado para enfrentar adversidades. Embora a lei complementar que instituiu o Ibracor mencione a atividade de fiscalização, ele esclareceu que a atuação não será nesse sentido. “O objetivo é orientar o corretor”, disse.

Diferentemente de outros países, o seguro no Brasil ainda não ocupa o seu devido espaço na agenda do governo. A conclusão é do vice-presidente de Resseguros do IRB-Brasil Re, José Carlos Cardoso, que comentou sua participação em evento da Fasecolda, na Colômbia, onde o evento de seguros é aberto pelo presidente da República. “Precisamos nos unir e levar nossa agenda aos governantes”, disse.

Para Robert Bittar, presidente da Escola Nacional de Seguros, uma agenda para o setor passa pela formação e qualificação. “Temos espaço para mais especialização e esse é o papel da Escola”, disse. Joaquim Mendanha de Ataídes, superintendente da Susep, informou que a autarquia está promovendo alterações para responder às demandas do setor. O presidente da Fenacor, Armando Vergílio dos Santos, concordou e acrescentou que uma das prerrogativas da agenda é melhorar o diálogo com o órgão regulador.

Fonte: CCS SP

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