A Fenacor até admite discutir a regulamentação da figura do agente de seguros. Contudo, o presidente da federação, Armando Vergílio, alerta que essa matéria não pode ser decidida por “meia dúzia” de pessoas. “A regulamentação do agente pelo CNSP seria muito frágil. Essa matéria, por sua complexidade, deve ser amplamente debatida tendo como base um projeto de lei”, afirmou Vergílio, na entrevista coletiva concedida para a imprensa, no último dia do 19º Congresso Brasileiro dos Corretores de Seguros, realizado em Foz de Iguaçu (PR), no final da semana passada.
Segundo ele, é preciso pensar, acima de tudo, no consumidor, que pode ser prejudicado se não houver a devida fiscalização dos mais de 120 mil agentes que podem surgir no mercado após a regulamentação. “Quem vai fiscalizar esses agentes? Lembro que a Susep já não dá conta de supervisionar e fiscalizar os profissionais e empresas que já estão no mercado”, disparou o presidente da Fenacor.
Para Armando Vergílio, a “pressa” na discussão desse tema pode ter ligação com a iminente regulamentação do “universal life”, que é um produto complexo. “Parece que eles querem isso. Não entendo isso, o mercado está indo muito bem. Os corretores de seguros respondem por mais de 85% da produção global do setor de seguros. Cumprem a sua missão”, observou, admitindo que é possível discutir a atuação de agentes vinculados aos corretores de seguros.
Fonte: CQCS