Sem consenso e com aumento das tensões entre os Poderes, Davi Alcolumbre (DEM-AP) retirou de votação a MP da Carteira Verde Amarelo. A proposta tem resistência da maioria dos partidos da Casa e é entendida como uma minirreforma trabalhista. A MP editada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), em novembro, tem validade até segunda-feira (20). Davi reclamou dos prazos para votar a MP. O projeto foi aprovado na Câmara na madrugada de quarta-feira (15), após quase 12 horas de debate.
“Vou retirar da sessão de hoje a MP 905 e não vou dar garantia de que ela estará pautada na segunda. Quero avisar a todos os senadores que não anunciarei que essa matéria será deliberada na segunda, às 16h. Vou convocar sessão em respeito à possibilidade de votarmos ou não”, disse Davi durante sessão virtual.
Após o ataque de Bolsonaro ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o presidente Davi deu a relatoria da MP para o senador do PT, Rogério Carvalho. O PT é contra a medida que flexibiliza contratos trabalhistas.
Os líderes dos seguintes partidos pediram para retirar de pauta: MDB, Rede, PDT, PSD, PT, PSB, PSDB, Pros, Cidadania. Já o líder do PSL, Major Olimpio (SP), e o líder do governo no Congresso, Eduardo Gomes (MDB-TO), insistiram para votação do projeto.
Durante a sessão, líderes de partidos de centro, direita e esquerda criticaram o suposto dossiê de Bolsonaro contra Maia, o governador João Doria (PSDB-SP) e setores do STF (Supremo Tribunal Federal).
Fonte: UOL Notícias