Fonte: CQCS | Sueli Santos
Que a agropecuária é importante para a economia brasileira ninguém duvida. Apesar disso, apenas 15% da área plantada no país tem seguro. Esse assunto também foi discutido no XII Seminário Internacional de Gerência de Riscos e Seguros da ABGR que discutiu o seguro agro.
O painel contou com a participação de Wady Cury (Mapfre), Joaquim Francisco R. Cesar Neto (Allianz) e Alfredo Saldiva Pagano (APR/AgrSeguros). Joaquim Francisco, apresentou uma solução que utiliza dados personalizados para oferecer as coberturas mais apropriadas e mitigar riscos.
Nos Estados Unidos quase 90% da produção agrícola está segurada. Apesar do atual estágio, houve evolução desde 2006, quando foi implementado o Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR) pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Em dez anos, de 2006 a 2016, o número de hectares protegidos saltou de 1,6 milhão para 10 milhões.
Em meio a esse cenário de oportunidades de negócios, instabilidade do clima e necessidade de mais recursos públicos para a subvenção ao prêmio de seguro, a Allianz Seguros gerencia riscos agrícolas por regiões e produtores por meio da chamada “Estruturação de Operações Agrícolas”.
O corretor Alfredo Pagano é especializado em seguro agrícola. Ele contou que vender seguro no agro é mais difícil. O Brasil tem, segundo o levantamento do IBGE de 2006, 5 milhões de propriedades rurais. “A maior parte de médias e pequenas”. Segundo Pagano, o mercado de seguros precisa inovar em soluções e ampliar a proteção aos produtores rurais, armazenadores, fornecedores de insumos e financiadores. “Seguro de crédito é bom como garantia de pagamento mas exclui o que pode acontecer na lavoura”, disse.
Para o executivo da Allianz, ao fortalecer a relação entre o agronegócio e o setor de seguros há também um avanço nos produtos contratados. Segundo Joaquim, “até 2015, a Allianz praticamente comercializava seguro-custeio, aquele que o agricultor usa para financiar a sua atividade. Já em 2016, 80% das apólices foram de produtividade”.
Wady Cury, diretor geral de Habitacional e Rural do Banco do Brasil e Mapfre também participou do painel e também reafirmou que o agronegócio é uma ilha de crescimento. Segundo ele, a seguradora BB e Mapfre tem 75% do mercado de seguro rural.
Curry disse que o seguro rural é a única modalidade na Constituição e tem um caráter social já que permite a estabilidade econômica do produtor rural. Além disso, o seguro rural ajuda o produtor rural a manter o emprego no campo e também equalizar o orçamento do governo.
Durante sua apresentação Cury discorreu sobre a importância do setor rural e lembrou que o seguro agrícola tem por objetivo garantir a perenidade da produção.