O ano de 2014 já seria desafiador para qualquer setor em razão do quadro macro de baixo crescimento econômico, indefinições políticas e seus reflexos nas decisões de investimentos. Além disso, a Copa do Mundo e a eleição presidencial contribuíram para a desaceleração do mercado de contratação de executivos. Fora os fatores mencionados, na indústria de seguros o período foi de mudanças e reestruturações em muitas empresas do setor e ajustes às novas leis, o que criou um ritmo de contratações e movimentações mais brando do que em anos anteriores.

 

Apesar do cenário do ano anterior Alexandre Zuvela, diretor e sócio responsável pela área de seguros da consultoria Fesa, acredita que 2015 tem potencial para ser um ano melhor, principalmente se os ajustes macroeconômicos levarem a uma mudança nas expectativas dos agentes econômicos.

 

Segundo o executivo, neste ambiente a indústria de seguros poderia crescer acima de 12%, com perspectivas de ampliação de novas linhas de negócios em empresas já estabelecidas e entrada de novos players em nichos específicos de atuação. “Assim, além de novas posições no mercado, podemos ter uma retomada das contratações pelas empresas já estabelecidas”, diz Zuvela.

 

De forma geral, o mercado brasileiro continuará a ter uma forte demanda para todas as áreas de conhecimentos específicos e técnicos, mas aumentará a busca por profissionais das áreas comercial e de relacionamento, com perfil realizador, proativo e que se antecipem às necessidades do cliente. Apesar da expectativa de um bom crescimento para o setor, o mercado continuará competitivo e com margens cada vez mais apertadas. Sendo assim, aqueles executivos com capacidade de identificar e criar demanda por serviços e produtos tendem a ser cada vez mais valorizados.

 

“Com isto, em nossa visão, este será um ano de estruturação dos times, maturação dos executivos em suas posições, busca por opções de profissionais em outros setores e consolidação das estruturas. Quem ficar parado, poderá ter que investir muito mais em 2016”, finaliza Zuvela.

 

Fonte: Revista Apólice

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