Cresce 9% a aquisição de seguro de vida em 2018. Empresas consideram produto item importante na cesta de benefícios

Você já se perguntou alguma vez quanto vale uma vida humana? A melhor resposta talvez seja: não tem preço! Mas e se for um valor de indenização em caso de morte ou invalidez? Esse tema pode até parecer delicado, mas é, na verdade, uma realidade comum para todas as pessoas, especialmente para um provedor de família. Na falta dele, a família pode ter dificuldade para a manutenção de seu padrão de vida. Mas graças a uma nova linha de comportamento, o brasileiro está investindo mais em seguro de vida.

Segundo dados da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), o seguro de plano de riscos na modalidade “vida” apresentou elevação de 9% do primeiro semestre deste ano, comparando com o mesmo período de 2017. Evolução maior que o seguro nos tradicionais segmentos automotivo e patrimonial (7,5% cada um). A CNseg acredita que o setor de planos de riscos de pessoas deve crescer, este ano, entre 6,2% e 7,4%, enquanto que o Produto Interno Bruto (PIB) do país deve ficar na casa dos 2,5%.

“O mercado de seguros mudou no Brasil e quebrou o paradigma de que a apólice era válida apenas em caso de falecimento. As novidades proporcionam benefícios ainda em vida para o segurado. Hoje, temos seguros que ressarcem despesas médicas até mesmo nos casos de determinados tipos de câncer. Por outro lado, o brasileiro mudou sua relação de consumo e vem pensando mais no futuro, especialmente na educação dos filhos”, explica o vice-presidente de Marketing e Relações com o Mercado do Sindicato dos Corretores e Empresas Corretoras de Seguros no Estado de Goiás (Sincor-GO), Roney Almeida.

Nas empresas, também cresce a importância que se dá à qualidade de vida dos colaboradores e seus familiares e a importância de recursos indenizatórios em caso de ocorrências indesejáveis. Em diferentes segmentos, as empresas vem buscando incluir programas de saúde e bem estar nos pacotes de benefícios para os funcionários. E o seguro de vida tem sido muito valorizado nessa lista. Com uma apólice de seguro, o beneficiado agrega garantias para sua família, em caso de invalidez ou morte.

Proprietário da Aquarela Corretora de Seguros, Cláudio Sasso, lembra que o objetivo do seguro de vida não é, no entanto, ser um produto financeiro, capaz de deixar o beneficiado rico, mas sim um auxílio na hora da dor e do desamparo. “Sabemos que o seguro oferecido por uma empresa a seus empregados não ressarce uma vida ou uma sequela de um acidente grave, mas é uma forma de amparar a família e mostrar que a corporação se preocupa com seu funcionário”, explica o corretor.

Segundo a gerente financeira da Fasam – Faculdade Sul-Americana, Joyce Gomes de Abreu, de 35 anos, saber que trabalha em um local que oferece seguro de vida na cesta de benefícios a deixa resguardada para qualquer eventualidade, que a afastaria temporária ou permanentemente do trabalho, ou até mesmo a morte.

“O seguro oferecido pela Fasam mostra que a instituição pensa no bem-estar dos funcionários”, afirma Joyce, que está na Faculdade desde 2012. Segundo ela, sua família se sente mais tranquila e ela também. Mãe de uma menina de 3 anos, Joyce diz que é preciso pensar ainda mais no futuro. “Não posso deixar minha filha desamparada. Por isso, dou muito valor no seguro de vida. É uma preocupação a menos no dia a dia e mais motivos pra sorrir no trabalho”, considera a gerente financeira.

Cláudio Sasso lembra que o benefício, inclusive, tem como atributo a capacidade de fidelizar o colaborador, muito além da obrigatoriedade. Instituições de ensino, por exemplo, não são obrigadas a fazer seguro de vida de funcionários, como ocorre com empresas do setor de construção civil.

Benefícios
A Fasam contratou o seguro de vida para 100% dos seus funcionários na modalidade global pela companhia Porto Seguro. Desde julho de 2011 os funcionários são cobertos por morte acidental, morte natural e invalidez por acidente. A cobertura é durante as 24 horas do dia, não só nas dependências da faculdade. Se o colaborador for casado, o benefício fica para a esposa e filhos, se tiver; se for solteiro, para os pais.

Diretor administrativo-financeiro da Fasam, Ítalo Oliveira Castro, explica que a produtividade dos colaboradores está diretamente relacionada ao seu bem-estar. “A Fasam não mede esforços para manter seus funcionários motivados. E o seguro de vida, sem dúvida, é mais um diferencial para reter nossos talentos. Tanto é que temo uma rotatividade de pessoal baixíssima na Fasam”, afirma.

Ítalo lembra, inclusive, que um dos pilares da política de sustentabilidade da Fasam é “contribuir para melhoria da qualidade de vida dos colaboradores, oferecendo condições para o equilíbrio entre trabalho, saúde e família”. “Está em nosso DNA promover uma gestão sustentável do negócio”, resume. Além do seguro de vida para os funcionários, a Fasam tem seguro patrimonial contra incêndio e vendaval.

FIQUE POR DENTRO DAS DIFERENÇAS
Individual – Visa auxiliar na manutenção do padrão de vida de uma família em caso de morte ou invalidez de seu principal provedor. Coberturas e os valores de indenização e capital segurado podem ser definidos de acordo com a necessidade do cliente. São contratados por pessoas físicas.
Global – Seguro simplificado no qual todos os colaboradores contidos na GFIP (Guia de Recolhimento do FGTS e de Informações à Previdência Social), sócios e dirigentes envolvidos no contrato social da empresa, são automaticamente protegidos. O seguro é destinado para pessoas jurídicas ou físicas que possuem o Cadastro Específico do INSS. O limite mínimo é de cinco pessoas seguradas para a contratação do Capital Global. Normalmente são contratados por pessoas jurídicas.

DESEMPENHO DO SETOR SEGURADOR
(Planos de Risco)
Sem saúde suplementar Até junho Variação
(em milhões R$) 2017 2018 2018/2017

Vida 6.612,2 7.207, 2 9,0%
Prestamista 4.444,2 5.499, 4 23,7%
Viagem 273,7 240,5 -12,1%
Outros 5.356,0 5.421,5 1,2%

 

Escrito ou enviado por  – Por Sirlene Milhomem*

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