Depois do incêndio em São Paulo que derrubou um prédio o seguro condomínio voltou a ser tema. Mesmo sendo obrigatório, essa modalidade de seguro ainda não é muito conhecido pela população mesmo entre síndicos e conselhos de condôminos. Para ajudar a esclarecer sobre o tema, o site do SindSeg-SP aborda o tema na coluna do advogado Antônio Penteado Mendonça.

Para ele, o produto não é mais conhecido pela maioria da população porque falta mais divulgação do que é esse seguro, os benefícios e a questão da obrigatoriedade de sua contratação pelos corretores e pelas seguradoras. “É frequente, por exemplo, que, em função da forma adotada para a gestão de condomínios pelas administradoras, os detalhes do seguro de condomínio não sejam totalmente esclarecidos nas reuniões com os condôminos”, diz ele. Além disso, Penteado Mendonça acrescenta ao desconhecimento da sociedade o fato de que faltam corretores com conhecimento suficiente para comercializar o seguro condomínio.

Para Penteado Mendonça, a conscientização sobre a obrigatoriedade vai acontecer apenas quando as multas forem aplicadas. “A multa pela não-contratação do seguro de condomínio pode chegar a até 10% da importância segurável. Então, se considerarmos um prédio de R$ 50 milhões, que não é nenhum absurdo, a multa pode chegar a R$ 5 milhões”, diz ele.

Outro ponto que ajudaria na conscientização seria que mais corretores se interessarem pelo seguro de condomínio. “A maioria dos corretores foca apenas o seguro do automóvel. E não pergunta para os donos dos automóveis com quem estão fazendo os seguros de suas residências, se eles moram em prédios de apartamentos, se ele poderia dar um toque no síndico e perguntar se seu corretor pode falar sobre o seguro com os condôminos. Isso e a falta de programas institucionais de divulgação de seguro faz com que tenhamos baixo conhecimento e má contratação do seguro para condomínio”, finaliza.

Fonte: Cqcs/Sueli Santos

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