Algumas empresas e entidades suspenderam suas atividades presenciais e cancelaram ou adiaram eventos e reuniões até que o covid-19 esteja sob controle

As secretarias estaduais de Saúde informaram que até agora foram confirmados 350 casos do novo coronavírus (covid-19) no Brasil, espalhados por 17 estados e no Distrito Federal. Foi registrada a 1ª morte pelo vírus no Brasil em São Paulo, confirmada na terça-feira, 17 de março, pelo governo estadual. A vítima é um homem de 62 anos que estava internado e tinha diabetes e hipertensão.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou na última sexta-feira, 13 de março, que os países apliquem testes em toda a população para identificar quem está infectado e isolem essas pessoas para diminuir a disseminação da doença.

Antenado com a situação que o mundo se encontra, o mercado de seguros está se posicionando e tomando providências para que o número de pessoas infectadas pelo coronavírus e o número de óbitos não cresçam. Algumas empresas suspenderam suas atividades presenciais e cancelaram ou adiaram eventos e reuniões até que a doença esteja sob controle. Veja abaixo o posicionamento de algumas companhias e entidades:

MAG Seguros

A seguradora adotou um Plano de Continuidade de Negócios (PCN), para o qual são realizados testes regulares por forma a garantir o seu pleno funcionamento. Face à situação que o país passa a seguradora decidiu, na semana passada, acionar o seu PCN.

Com isso, a empresa liberou colaboradores que já possuem acesso remoto para que realizem as suas atividades em home office. Também já estão em casa os colaboradores classificados como grupo de risco, segundo os critérios da Organização Mundial da Saúde. A companhia concedeu férias para estagiários e recesso de 15 dias aos jovens aprendizes.

A organização reforça que está preparada caso precise que 100% de seus colaboradores trabalhem a partir de casa. As medidas visam zelar pela saúde dos colaboradores e atender aos apelos das autoridades para reduzir a aglomeração e circulação de pessoas.

O PCN contempla, ainda, medidas para mais de 4 mil corretores parceiros. A seguradora oferece tecnologia que garante a comercialização de todo portfólio da empresa de forma 100% digital, remota e com a máxima segurança por meio da ferramenta “Venda Digital”.

O objetivo da empresa é fazer com que o covid-19 impacte o mínimo possível a geração de negócios dos corretores parceiros. A seguradora também seguirá com o processo de pagamento de comissão normalizado.

Da mesma forma, todos os canais de relacionamento com clientes e beneficiários seguem 100% ativos, garantindo o atendimento aos mais de 4 milhões de clientes da empresa em todo país.

Planetun

Pensando em minimizar o impacto da pandemia no mercado automotivo e segurador, a insurtech decidiu liberar gratuitamente seus aplicativos web que permitem a vistoria ou inspeção remota para as empresas que ainda não possuem esta tecnologia durante 30 dias.

Com a solução da empresa é possível que o usuário realize a vistoria ou inspeção do seu bem, automóvel ou residência de forma remota, com poucos cliques no celular. O cliente recebe um link que dá acesso a um aplicativo web e, seguindo as instruções da ferramenta, envia as fotos necessárias para o processo diretamente para a avaliação da seguradora. Desta forma, elimina-se o deslocamento e contato físico, o que contribui para a não disseminação do vírus.

Para os automóveis, a insurtech vai disponibilizar os aplicativos de vistoria prévia; auto sinistro (segurado faz às fotos); sinistro oficina (oficina faz as fotos); constatação de danos; e vistoria. Para residências, as soluções de inspeção residencial e sinistro residencial (quebra de vidros, roubo / furto e danos elétricos) estarão liberadas. Os idosos, que são o maior grupo de risco em relação a doença, também vão poder se beneficiar utilizando o app de forma gratuita.

As seguradoras devem acompanhar o andamento de todos os processos pelo workflow da companhia, sistema que gera fila de trabalho e ainda disponibiliza outros recursos como geolocalização e dashboard.

CNseg

A entidade ampliou o rol de ações tendo em vista o avanço do coronavírus. Depois de adiar por tempo indeterminado a realização de eventos, a entidade adotou o regime de home office por duas semanas, até o dia 31 de março, prazo prorrogável, para colaboradores vulneráveis e em quarentena.

A partir da próxima semana, o home office será estendido para manter, na sua sede, apenas um regime de manutenção de serviços essenciais. Outras recomendações de autoridades de saúde e sanitária para evitar a propagação acelerada do coronavírus
foram adotadas pela Confederação. Entre elas a suspensão de atividades que impliquem convivência de mais de sete pessoas; instalação de novos pontos de álcool em gel ou similar em vários locais da entidade.

Além dessas medidas, a CNseg cancelou todos os eventos presenciais programados, suspendeu a participação de funcionários em eventos e treinamentos realizados por quaisquer outras entidades e empresas, dentro e fora do país; viagens nacionais e internacionais que prevejam participação de funcionários em reuniões de grupos de trabalho que, quando necessárias, deverão ser realizadas por videoconferência; reavaliou a realização das reuniões de Comissões Temáticas nas dependências da entidade e, apenas quando necessárias, será priorizada a utilização de videoconferência.

Além disso, determinou o fechamento temporário da Biblioteca Luiz Mendonça por 15 dias, podendo prorrogá-lo, enquanto a Superintendência Jurídica fará atendimento remoto para a pesquisa de seguro. Nesse período, solicitações de particulares e advogados devem ser feitas somente pelo e-mail sjur@cnseg.org.br. Assim que forem suspensas as medidas de segurança sanitária, o atendimento presencial será restabelecido.

Generali

Em uma reunião realizada pelo presidente da Assicurazioni Generali, Gabriele Galateri di Genola, o quadro de diretores da empresa aprovou a criação de um Fundo Internacional Extraordinário de até 100 milhões de euros dedicado à luta contra as emergências do COVID – 19.

O fundo, o qual presta assistência prioritariamente à Itália, também está disponível aos outros países onde a seguradora opera, oferecerá assistência nesta crise em rápida evolução e tem o objetivo de apoiar os esforços da recuperação econômica nos países afetados. Os funcionários da companhia poderão doar para o fundo.

A primeira parcela de até 30 milhões de euros será disponibilizada para ajudar as emergências extraordinárias na Itália. As prioridades de investimento serão decididas junto ao Sistema Nacional de Saúde Italiana e à Proteção Civil Italiana (Protezione Civile), trabalhando junto com a Comissária indicada pelo governo para a emergência do coronavírus.

O fundo remanescente será focado em situações onde o Grupo possa ter impacto direto e significante: os clientes Generali que estiverem em circunstâncias complexas devido ao resultado da crise, como pequenas e médias empresas do setor particular, assim como seus funcionários.

Fonte: Revista Apólice

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